
Exportações do agronegócio brasileiro se mantêm firmes no 1º semestre de 2025




Aumento nas vendas externas para a China, México e Chile, além de outros países asiáticos, manteve os embarques da carne bovina brasileira em Aumento expansão.
Mesmo diante dos grandes desafios enfrentados neste ano de 2025 (como o caso de gripe aviária em maio e as imposições de tarifas por parte dos Estados Unidos), o desempenho das vendas externas do agronegócio brasileiro vem se mantendo firme.
No primeiro semestre deste ano, o faturamento com as exportações do setor superou os US$ 82 bilhões, ligeira redução de 0,2% em relação ao do mesmo período de 2024, conforme mostram pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizadas com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), da Secretaria de Comércio Exterior (sistema Siscomex).
O volume exportado caiu 2,9% entre os seis primeiros meses de 2025 e igual intervalo do ano anterior, mas o ganho de 2,7% do preço em dólar ajudou a conter a queda da receita em moeda norte-americana. O setor contou também com a desvalorização de 5,7% do câmbio médio (R$/US$) no semestre, o que contribui para alta de 10% do preço internalizado para Real, e, com isso, o faturamento em moeda nacional subiu 5%.
De acordo com pesquisadores do Cepea, as carnes bovina e suína, o óleo de soja, a celulose e o algodão apresentaram crescimentos do volume escoado ao exterior, enquanto o café e o suco de laranja registraram forte alta dos preços.
As tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos não impediram o avanço das vendas da carne bovina no primeiro semestre, embora em junho já se verifique redução para o mercado norte-americano. Ainda assim, o aumento nas vendas externas para a China, México e Chile, além de outros países asiáticos, manteve os embarques da carne brasileira em expansão.
No caso da carne de frango, os principais destinos no primeiro semestre foram a China (11%), Emirados Árabes Unidos (10%), Arábia Saudita (10%), Japão (8%) e México (5%). Por conta do caso de gripe aviária, as exportações da carne ficaram parcialmente suspensas por alguns meses por parte de importantes compradores do Brasil – vale lembrar que o caso de gripe aviária foi confirmado em uma granja de matrizes (de ovos férteis) no município de Montenegro (RS) , mas, após ter cumprido todos os protocolos internacionais, o Brasil voltou a ser certificado como livre da doença.
Mesmo diante desse episódio e a despeito de grandes clientes como China e União Europeia não terem retornado às compras até o fim de junho, o volume exportado no primeiro semestre de 2025 se manteve praticamente no mesmo patamar do observado em 2024, e, com o aumento de quase 5% do preço médio em dólar, o faturamento desse segmento cresceu 4,5% no semestre.
Pesquisadores do Cepea indicam que a expectativa que fica é em relação ao tamanho do impacto das tarifas norte-americanas sobre o crescimento econômico dos países ao redor do globo e seus potenciais efeitos sobre a demanda mundial por alimentos, fibras e energia.
Como bens essenciais, espera-se que o consumo de alimentos não seja reduzido de forma significativa, ademais, o fato de todos os países não terem usado a resposta da retaliação pode “ajudar esses mercados em nova reconfiguração de comércio que minimize os efeitos das tarifas norte-americanas. Desse modo, haveria espaço para o Brasil, em particular, obter novas parcerias e continuar expandindo suas exportações agrícolas”, avalia o Cepea.
Fonte:dbo
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