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Carne bovina nos EUA bate recorde de preços e favorece JBS

Carne bovina nos EUA bate recorde de preços e favorece JBS


Criado: 03 Setembro 2025 | Atualizado: 03 Setembro 2025
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Impulsionados pela oferta restrita e pela demanda sazonal. Com esses aspectos em mente, o Bank of America (BofA) projeta margens melhores para a JBS (listada em Nova York, com BDR: JBSS32) no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao segundo, e reitera recomendação de compra para a companhia.

Segundo relatório do BofA divulgado nesta terça-feira (2), os preços da carne bovina nos Estados Unidos seguem batendo recordes semanais. Isso acontece por conta de uma oferta mais restrita de gado e forte demanda, reforçada pela sazonalidade do feriado de Labor Day.

O Choice cutout (indicador do preço médio no atacado da carcaça bovina de qualidade “Choice” nos EUA) atingiu US$ 415/cwt (US$ 415 por 100 libras, equivalente a 45,36 kg), crescimento de 35% em relação ao ano anterior.

Os analistas explicam que, historicamente, os valores da carne atingem o pico entre a primeira e o verão do hemisfério norte, mais frequentemente no segundo trimestre, em anos de meio de ciclo pecuário nos EUA. Nesse período, os preços tendem a recuar entre 5% a 7% no último trimestre do ano. Já em anos de pico do ciclo, a queda chega a 7%-8%.

“Já em anos de fundo de ciclo, como 2025, os preços normalmente sobem no segundo trimestre e ficam estáveis até o fim do ano”, diz o relatório. “Em 2025, os preços vêm subindo mês a mês desde fevereiro e, em nossa visão, podem se sustentar em níveis elevados caso a demanda continue forte”.

O BofA ressalta que os preços altos da carne levaram a uma recuperação de curto prazo nas margens dos frigoríficos.

A margem spot (à vista) estava com prejuízo de US$ 307 por cabeça no início de agosto e agora está com lucro de US$ 75 por cabeça, mostrando uma recuperação significativa. Para efeito de comparação, a margem média do 2º trimestre foi de US$ 104 por cabeça em prejuízo e, até agora no trimestre, está com prejuízo de US$ 93 por cabeça.

O BofA relembra que tanto a JBS, como a Tyson destacaram na última teleconferência de resultados que a retenção de novilhas nos EUA já começou. Ambas afirmaram que esperam que as margens comecem a se recuperar em 2027/2028. Ainda, a JBS acredita que as margens dos frigoríficos podem atingir o fundo do poço próximo ao final de 2025 e início de 2026.

“Nesse contexto, presumimos uma melhora sequencial para os negócios de carne bovina da JBS nos EUA no terceiro trimestre (estabilidade para a Tyson, considerando comparações mais difíceis) e margens médias ligeiramente maiores em relação ao ano anterior em 2026”, diz o relatório.

A expectativa do BofA do EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2026 para a JBS está 8% acima do consenso. Eles também apontam que as ações são negociadas a 6,3x (vezes) o Valor da Firma (VE) sobre o EBITDA em 2026, contra 7,9x da Tyson.

A recomendação é de compra das ações da JBS e neutra em relação a Tyson. Os BDRs da JBS operam em queda de 0,24%, em R$ 87, 93.


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