
Embargo da China não deve reduzir, significativamente, preço da carne no Brasil, nesse primeiro momento




Especialistas acreditam que problema com mercado chinês, a princípio, não deve afetar preço ao consumidor final
A suspensão das exportações de carne bovina à China devido a um caso de doença da 'vaca louca' no Pará não deve impactar no preço final para consumidores brasileiros. A avaliação é de especialistas entrevistados pela rádio Itatiaia.
Para o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Carnes, Derivados e do Frio no Estado de Minas Gerais (Sinduscarne), Dylton Lyzardo, a suspensão incomoda, mas o mercado brasileiro é criativo e tem opções para enviar a carne para outros países.
“No próximos dez, quinze dias vai sofrer algum tipo de queda, sim, alguma incerteza. Mas, rapidamente, essa carne vai ser colocada em outros mercados e de maneira que não deve de afetar muito”, disse.
Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Antônio de Salvo, avalia que a suspensão causa impacto gigantesco na cadeia, mas sem mudança de preço.
“Sabemos que nem sempre os governos agem com a agilidade necessária. Vamos ter o embargo de países que importam a nossa carne, entope toda a cadeia. Quem estava pronto agora, no início da safra, para começar vender a carne para os países compradores não vai poder vender, não vai poder comprar reposição. Quem vende a reposição, que é bezerro ou novilho, não compra sêmen e nem reprodutores para poder cruzar suas vacas. Enfim, isso dá um congestionamento muito grande, é muito negativo para o Brasil e para pecuária de corte, especificamente”, analisou.
Salvo avalia que a suspensão não terá impacto no mercado interno, que já está abastecido. “O Brasil vende 70% da carne internamente. Não está sendo comprada a carne brasileira ou está com consumo baixo, exatamente pelo baixo poder aquisitivo existente hoje Brasil, pela crise e inflação que estamos vivendo. Então, mesmo que tenha mais carne no mercado interno, isso não vai fazer com que o brasileiro coma mais carne. Isso tem que ficar claro’, destacou.
Outros casos
Uma situação parecida foi registrada no Brasil em 2019, quando embargo durou 13 dias. Dois anos depois, em 2021, casos atípicos ocorreram em Minas Gerais e Mato Grosso, quando a China voltou a comprar carne bovina do Brasil depois de três meses.
Não há prazo determinado para o reestabelecimento dos negócios.
Comentários
Ver todos os artigos
Categorias
Mais populares
Parceria Armo do Brasil e Carrara traz versatilidade do Seal Tape para o mercado de manutenção industrial PROJETO CAPACITA MULHERES PARA MANEJO DE AVES E SUÍNOS FRIGO-DATA INFORMÁTICA Expansão Sealed Air lança a embalagem sustentável a vácuo, Cryovac® Darfresh® on Board, na TecnoCarne 2019 AVICULTURA MANTÉM BOA EXPECTATIVA PREÇOS COM NOVA SAFRA BSB lança marca MOOV de calçados antiderrapantes AUMENTA O NÚMERO DE GRANJAS AVÍCOLAS REGISTRADAS EM MINAS GERAIS Tesla apresenta novidades da Danfoss na Tecnocarne 2019 FoodCap oferece sistema sustentável de armazenamento e transporte de alimentos refrigeradosNewsletter
Inscreva-se agora