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ABIEC FARÁ NOVA TENTATIVA DE ACORDO SOBRE COTA HILTON


Criado: 08 Dezembro 2016 | Atualizado: 08 Dezembro 2016
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Crise econômica pode estimular mercado europeu a flexibilizar regras.

Crise econômica pode estimular mercado europeu a flexibilizar regras.

Exportadores brasileiros vão tentar nova negociação para que as regras da Cota Hilton para o Brasil sejam alteradas antes de contestar a exigência na Organização Mundial do Comércio (OMC) por meio de um painel. A União Europeia exige, desde 2009, que os cortes vendidos dentro da cota sejam provenientes apenas de animais rastreados desde a desmama e que sejam alimentados exclusivamente a pasto.
Este é um dos fatores que fez com que, em 2011, o Brasil tenha embarcado apenas 4% da cota de 10 mil toneladas de cortes bovinos nobres com tarifa menor para o mercado europeu a que tem direito.
“Queremos mostrar para os europeus que podemos manter a base da criação no pasto, mas não podemos abrir mão de suplementos na seca ou da terminação em confinamento”, disse Fernando Sampaio, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec).
Segundo Sampaio, deixar de usar estas tecnologias representa um retrocesso para a cadeia produtiva que tem investido em métodos sustentáveis para expandir a produção. “Queremos que seja avaliado o resultado da carne e não o processo”, acrescenta Jorge Camardelli, presidente da entidade.
Reunião entre setor exportador e o governo brasileiro para afinar a proposta a ser apresentada em Bruxelas deveria ter acontecido em dezembro, mas foi adiada e não há nova data marcada. Mesmo assim, a expectativa é de que as negociações na Europa avancem até março deste ano.
A expectativa de um acordo leva em consideração a crise financeira na União Europeia que deve favorecer a busca por produtos com preços mais competitivos. Camardelli lembra que a Romênia e a Bulgária, por exemplo, compravam 120 mil toneladas/ano de carne bovina do Brasil antes de ingressarem na UE e, desde então, deixaram de consumir o produto brasileiro.
“Para abastecer seus mercados, estes países estão sendo obrigados a pagar mais caro pela carne de outros mercados, impactando nos custos”, explica o presidente da Abiec. Para ele, o Brasil tem condições de atender o mercado europeu em volume e valores atraentes. “Vamos continuar sendo os grandes provedores”, estima.


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