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Qual a perspectivas do mercado para 2019. Novo ano, novo governo e muita expectativa,  a  ideia é ter dias melhores pela frente.

Qual a perspectivas do mercado para 2019. Novo ano, novo governo e muita expectativa, a ideia é ter dias melhores pela frente.


Criado: 05 Fevereiro 2019 | Atualizado: 05 Fevereiro 2019
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Perspectivas 2019 – Investimentos

Novo ano, novo governo e muita expectativa. Apesar de algumas dúvidas no ar, a ideia é ter dias melhores pela frente.

2019 não é apenas a virada de uma página no calendário. Depois de um 2018 tumultuado, cheio de dúvidas, incertezas e palco do ápice da pior crise econômica vivida pelo Brasil desde 1929, a chegada desse novo ano representa a certeza de novas possibilidades e caminhos.

A economia já apresentou bons sinais. De acordo com o Banco Central, o PIB (Produto Interno Bruto), vem crescendo gradativamente de 2017 para cá. A previsão de crescimento deste índice para 2019 é de 2,4%. Segundo o banco, a projeção de expansão da economia nacional está alinhada à retomada da atividade econômica do país. Isto se reflete em diversas áreas e, com relação ao setor frigorífico, não é diferente.

Segundo o professor Alexandre Borbely, economista da Universidade Metodista de São Paulo, a principal saída para a retomada econômica seria investir na capacidade produtiva do país. Sem dúvida, este é um dos caminhos que serão trilhados pelo mercado frigorífico.

Segundo Giuseppe Corsi, gestor da Unidade de Movimentação e Logística da Kaufmann, a empresa já está investindo em infraestrutura para aumento da sua produtividade em 2019. Na VPS Engenharia Térmica não será diferente. De acordo com seu diretor de Engenharia, Marcelo Teston, já está em andamento um investimento em uma nova linha de produção com a aquisição de novas máquinas. Orlando Torelo Guelfi Neto, da Haarslev Industries, compartilha das boas expectativas e destaca que “com a mudança do governo o mercado já começou a se movimentar, acreditamos que haverá bons investimentos por parte de nossos clientes”.

Esse ânimo no mercado se justifica já que pesquisas indicam que os investidores, inclusive internacionais, parecem mais propensos a investir no Brasil em 2019. A DGrande Indústria de Máquinas, por exemplo, através de seu diretor comercial, Edmar Dias, afirma que neste momento a empresa prioriza seus investimentos na reestruturação de equipes e marketing. “Estamos aguardando o aquecimento nas vendas e, para o segundo semestre, pretendemos fazer aquisições em equipamentos para modernizarmos nossa fábrica”, sinaliza. As expectativas de Dias são as melhores possíveis, “estamos muito confiantes no novo governo e acreditando num grande crescimento da economia, 2019 será um ano para marcar a retomada do mercado produtivo em todos os setores”, destaca.

Outra empresa que está com um olhar positivo em relação a 2019 é a Duas Rodas. Segundo seu diretor Comercial e de Marketing, Hilton Siqueira Leonetti, “o ano inicia com um otimismo maior em relação ao futuro do país e perspectivas de uma economia mais aquecida. Sem dúvida, o setor frigorífico segue a mesma tendência, sendo necessária atenção redobrada às oportunidades. Acreditamos em um ano de crescimento para este setor, tanto em geração de negócios, quanto em ganho de confiança junto ao consumidor final”, analisa.

Mercado frigorífico

O que a economia afirma em outras áreas já é visível no mercado frigorífico. Para Thiago Copetti, do Jornal do Comério-RS, “as possibilidades internacionais abertas no ano de 2018 ao setor de produção e processamento de frangos, suínos e bovinos vão rebater nos números de 2019 de forma significativa. A lista de países que estão abrindo, ampliando ou retomando suas compras por aqui é extensa”.

Na carona dessa projeção, Cynthia Simioni, CEO da AIS Tecnologia & Sistemas, destaca que “visando esta abertura de novos mercados internacionais, temos investido em novos processos. Com o objetivo de atender à necessidade de os frigoríficos obterem o certificado de exportação entramos com o sistema APIS, solução completa de chão de fábrica disponível no mercado, que entre os vários processos gerenciados, tem o módulo que classifica e controla toda a rastreabilidade para a exportação dos produtos sob as regras e resoluções do SIF. Portanto, as expectativas para o ano de 2019 são as melhores possíveis diante da movimentação dos mercados nacionais e internacionais”, finaliza.

Ainda dentro dessa análise com relação ao mercado internacional, o Rabobank, em matéria publicada em novembro de 2018, comenta que acredita que a perspectiva para o mercado brasileiro de carne bovina é positiva. “O aumento das exportações e a melhora das condições de mercado locais devem resultar em preços mais altos ao produtor. Isso é especialmente importante para players que têm acesso limitado ao mercado internacional”, explica o banco. Felippe Reis, analista de mercado da Scot Consultoria, confirma esse dado enfatizando que os preços da carne bovina devem ser mais altos em 2019, graças à visão otimista com relação ao novo governo e ao aumento das exportações.

A suinocultura também espera um 2019 com boas notícias. A perspectiva positiva está pautada, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, nos possíveis incrementos das exportações da carne suína (principalmente a países asiáticos) e redução dos custos de produção (especialmente devido ao aumento na produção nacional de grãos).

No caso das exportações nacionais de carne suína, dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que podem crescer cerca de 7% em 2019. O departamento estima aumento na demanda da China pela proteína suína, tendo em vista a redução do rebanho daquele país devido à disseminação da Peste Suína Africana. Para 2019, o USDA estima que as importações chinesas aumentem 7%; Cingapura e Hong Kong devem registrar crescimentos de 3% nas compras internacionais da proteína.

Governo Federal

A grande expectativa para 2019, sem dúvida, é a entrada de um novo governo. E, nesse embalo de novas políticas e boas sinalizações da economia, empresas como a Mayekawa do Brasil, que já atua em solo brasileiro há 50 anos, provendo tecnologia e soluções para segmentos diversos, veem os próximos anos com um olhar bastante positivo. A Mayekawa tem em sua agenda para este novo ano lançamentos com tecnologia diferenciada e alta performance, que terão importante destaque nos Sistemas de Refrigeração. “Além disso, estamos prevendo uma maior participação nacional e internacional em feiras e eventos renomados em vários segmentos, e um investimento continuado em Pesquisa e Desenvolvimento para novas tecnologias”, acrescenta o diretor Comercial da empresa, Silvio Guglielmoni.

E falando de novo governo, o setor frigorífico segue com a atenção especialmente voltada para a deputada federal Tereza Cristina, escolhida para ser a ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro. Ela já começou a dar sinais de como será sua administração com relação ao setor de carnes. Tereza já conversou com o ex-ministro do setor, Blairo Maggi, para avaliar “gargalos do setor” e alinhavar um ambiente de negócios mais favorável.

A ministra também afirma que quer uma boa relação com o Itamaraty e com o Ministério do Meio Ambiente. Aliás, sobre questões ambientais, em entrevista dada ao Blog da Cidadania, Tereza Cristina disse que “ter licenças mais ágeis não é perder a segurança ambiental”.

Especificamente sobre o setor de carnes, houve um susto inicial provocado por declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, que desagradaram países árabes parceiros do setor. Sabedora do ocorrido, a ministra afirmou ter certeza de que conversará com o presidente sobre o tema. “Preciso entender a posição que o novo governo vai tomar e assim reagir”, explicou.

Outra afirmação da ministra está movimentando o setor frigorífico. Tereza Cristina disse que pretende alterar o processo de inspeção de carnes e derivados produzidos no país, acabando com a fiscalização diária do governo em frigoríficos.
Atualmente, pelas regras da vigilância sanitária, o governo fica responsável pela inspeção diária da carne, em todos os seus processos até chegar para o consumo. O plano da nova ministra é que o setor adote “práticas de autocontrole”, com protocolos de segurança criados pelo governo, mas de responsabilidade do setor privado. Dessa forma, o poder público faria uma auditoria apenas de “tempos em tempos”.

“Com autocontrole, a responsabilidade é do produtor, seja sobre os equipamentos, seu pessoal ou sobre a qualidade do que tem que sair dali. Ele deve cumprir a regra, o que ele terá que fazer é seguir um protocolo detalhado”, explicou a futura ministra. “A fiscalização do Ministério será uma auditoria feita de tempos em tempos. Se achar que não está bom, vai lá toda semana.”
De acordo com a opinião da ministra, o modelo atual limita a autonomia dos frigoríficos, não podendo ampliar a produção aos finais de semana, porque os fiscais do governo não trabalham sábado e domingo e não podem receber horas extras. “Com essa medida, não tem problema nenhum. Pode trabalhar sábado, domingo, à noite, três ou quatro turnos”, disse Tereza Cristina. Esse novo sistema defendido pela ministra já é aplicado em várias partes do mundo. De qualquer forma ainda não há nada aprovado sobre o assunto. É esperar para ver no que vai dar.

A Gressit Revestimentos Indústria e Comércio, através do seu gerente administrativo comercial e de marketing, Thomas Hartmann Henke, observa que acredita que 2019, apesar das dúvidas políticas que ainda estão ano ar, será um ano de retomada econômica que irá se confirmar após o primeiro trimestre, por isso a empresa distribuiu o orçamento anual concentrando 60% das suas receitas no segundo semestre. Henke comenta que “projetos que já estavam prontos, porém, não iniciados em função da indefinição política, são os primeiros que serão retomados, em seguida os novos planos de expansão serão o foco de investimento”.

Saldo positivo

Analisando tudo que vem sendo falado e mesmo com algumas dúvidas, já que ainda há expectativas quanto a algumas decisões que serão tomadas pelo governo referentes ao setor frigorífico, podemos dizer que a conclusão geral é de que há sim, grandes possibilidades de um ano cheio de bons resultados e novas perspectivas.

Empresas como a Kaufmann esperam incremento no setor. O gestor da Unidade de Movimentação e Logística da empresa, Giuseppe Corsi, aposta num crescimento de mercado em torno de 15%. “Acreditamos em um mercado mais livre, com bons investimentos externos. Corsi recorda que 2018 foi um ano abalado por corrupção, envolvendo políticos e empresários do ramo alimentício, mas, para 2019, ele visualiza um crescimento em investimento logístico nas empresas desse segmento, buscando automação e redução de custos de movimentação, área de forte atuação da Kaufmann.

Hilton Siqueira Leonetti, diretor comercial e de marketing da Duas Rodas, compartilha dessa visão otimista. “O setor frigorífico tem nossa total atenção e manteremos investimentos assertivos assim como em anos anteriores. Este é um momento de olhar para o mercado de forma dinâmica e buscar soluções que atendam às necessidades do consumidor e levem segurança, credibilidade e sabor para a mesa. Somente em inovação, a Duas Rodas investe 5% do seu faturamento anualmente”.

Como normalmente acontece na economia, 2019 será o pontapé inicial de uma fase positiva também para o setor de carnes. É o que conclui Marcelo Teston, da VPS Engenharia Térmica. “A economia brasileira possui uma capacidade de produção ociosa, essa ociosidade será em partes preenchida em 2019 para que o verdadeiro ciclo de crescimento aconteça a partir de 2020. Portando a tendência de crescimento é positiva ao longo dos próximos quatro anos”. Ainda segundo ele, “o mercado tende a responder de forma mais intensa no consumo direto, no produto final, ficando para 2020 a retomada do investimento com ampliação de linhas de abate e equipamentos.

Analisando as tendências econômicas do mercado, Raphael Kanzler, coordenador de vendas da Thermo Star Equipamentos, sinaliza que “o ano de 2019 será um ano de retomada do crescimento para todo país. As mudanças na política deram ânimo aos empresários para realizar investimentos, o que irá aquecer todos os mercados, e não será diferente com a refrigeração para transporte. 2018 já foi um ano de novas oportunidades e conquistas, e temos certeza que 2019 será ainda melhor”, comemora.

Fonte: Frigonews


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